Jockey Club Brasileiro
Rio de janeiro, rj, brasil
2017
10.880m²
Arquitetura: Celio Diniz, Raíssa Rocha e colaboração de Carolina Baltar
O programa de atividades para o Jockey Club Brasileiro, elaborado com conselheiros do clube, ratifica a vocação da Sede do Centro para eventos sociais como festas e encontros corporativos. O estudo do entorno deixa claro o potencial do edifício pela conexão com diferentes regiões da cidade através de vias expressas, pela oferta de transporte público e pela proximidade a igrejas, hotéis, edifícios corporativos e Aeroporto Santos Dumont . Estacionamento de veículos na própria edificação ou no Edifício Garagem Menezes Côrtes atendem plenamente as demandas.
A intervenção do edifício do Jockey pode ser dividida em duas categorias: restauro dos acabamentos originais (magenta) e intervenção com novos revestimentos e novas configurações espaciais (amarelo). Onde foi possível, procuramos manter a integridade da obra de Lúcio Costa. Nos demais ambientes degradados ou com programas defasados, propusemos linguagens contemporâneas.
Externamente, pouco é alterado. A arquitetura de Lúcio Costa é mantida a não ser pelo acréscimo no último pavimento de uma singela caixa de vidro que se debruça em balanço sobre a estrutura existente, mostrando à cidade que algo diferente acontece no Jockey. O novo convive em harmonia com o edifício modernista sem renegar sua identidade. À noite, a caixa de vidro se transforma no farol do JCB, informando aos transeuntes sobre os eventos que acontecem em seu interior.
Internamente, a caixa abriga as saunas e funciona como espaço multiuso para eventos ligados à piscina ou como lounge no dia a dia. Mantivemos a vista da paisagem desobstruída, como foi idealizado por Lucio Costa. Reorganizamos o pavimento da piscina liberando espaço para um novo bar. Voltado principalmente para o público mais jovem, para happy hours ou para eventos ligados à piscina, o bar rooftop tem um ampla vista da Baía de Guanabara. Os materiais despojados ratificam o ambiente mais descontraído.
No pavimento intermediário (chamado de 11B), a otimização dos espaços de cozinha e serviços deixou o restaurante buffet mais enxuto e moderno. Uma nova biblioteca para trinta mil livros também foi acrescida ao pavimento. Além de abrigar os livros, a biblioteca oferece espaços de lounge e uma agradável varanda para leitura e descanso.
No bar do pavimento 11A, frequentado principalmente pelos sócios mais antigos, procuramos manter o clima sofisticado e sóbrio utilizando madeira escura e tons neutros. O vitral existente é recuperado e integrado aos novos revestimentos. Propusemos uma adega no espaço que antes era ocupado pela circulação de serviços.
O restaurante principal do Jockey, localizado no pavimento 11A, também é remodelado. Novos fechamentos em ripado de madeira conferem privacidade às salas reservadas no mezanino. No nível do salão, madeira e espelho bronze conferem sofisticação ao ambiente. Os diferentes espaçamentos das peças de madeira realçam a volumetria do mezanino projetado por Lúcio Costa. Os pratos da exuberante luminária francesa são substituídos por globos translúcidos que reforçam seu protagonismo na composição do espaço.
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